domingo, 26 de outubro de 2008

FÁBULA

Um grande agricultor coleccionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia, ele descobriu esse determinado cavalo e não descansou enquanto o não comprou. Era a estrela da companhia. Um mês depois o cavalo adoeceu. Chamou o veterinário:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias, no terceiro dia reavaliaremos o nobre animal e, caso ele não esteja melhor, será necessário abatê-lo.
Neste momento, o porco escutava toda a conversa. No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta-te daí, senão vais ser sacrificado!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se de novo do cavalo e disse:
- Vamos lá amigo, levanta-te senão vais morrer! Vamos lá, eu ajudo-te... Upa! Um, dois, três...
No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário ao avaliar sentenciou:
- Infelizmente, vamos ter que o abater amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco disse ao cavalo:
-É agora ou nunca, levanta-te! Vá, coragem!.. Isso, isso, devagar! Óptimo, vamos, um, dois, três, agora vai... Fantástico! Corre, corre mais! Venceste, campeão!
Então de repente o dono chegou, viu o cavalo a correr pelo campo, gritou:
- Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa... Vamos matar o porco para comemorar!

sábado, 11 de outubro de 2008

SUBES DEL MAR


Subes del mar, entras del mar ahora.
Mis labios sueñan ya con tus sabores.
Me beberé tus algas, los licoresde
tu más escondida, ardiente flora.

Conmigo no podrá la lenta aurora,
pues me hallará prendido a tus alcores,
resbalando por dulces corredores
a ese abismo sin fin que me devora.

Ya estás del mar aquí, flor sacudida,
estrella revolcada, descendida
espuma seminal de mis desvelos.

Vuélcate, estírate, tiéndete, levanta,
éntrate toda entera en mi garganta,
y para siempre vuélame a tus cielos

AMOR


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.